Troca de experiências com base em histórias vivenciadas em sala de aula e aperfeiçoamento internacional pela High Five Bilingual School, da Universidade de Cambridge. Esses são os grandes destaques da primeira Semana de Formação Continuada do Colégio Univille de Joinville em 2020, que começou na segunda (dia 3), reúne 63 docentes e tem, entre os objetivos, estimular inovação pedagógica. Na abertura, os professores receberam a visita de boas vindas do reitor da Univille, Alexandre Cidral, e da vice-reitora, Therezinha Novais de Oliveira.

Segundo a professora Nilva Kempner, coordenadora administrativa do Colégio Univille de Joinville, o programa de aperfeiçoamento docente também prevê o planejamento anual das atividades por nível de ensino e oficinas de gameficação, recurso hoje amplamente usado na Univille que permite aprender de forma lúdica. A educação continuada por meio do aperfeiçoamento sistemático dos professores e a inovação pedagógica são preceitos do Planejamento Estratégico Institucional da Univille (PEI 2017-2026) e acontecem em vários eventos durante o ano.

Histórias de impacto
No primeiro dia, com o apoio da companhia de teatro do professor Silvestre Ferreira, alguns professores contaram momentos em sala de aula que mudaram suas maneiras de pensar e agir ou que impactaram de alguma maneira suas vidas. Uma das histórias mais emocionantes foi contada pela professora Ana Paula Homrich, que atua no Colégio há 23 anos.

Há 11 anos, a professora recebeu em sua turma de 3° ano um estudante com limitações motoras e cognitivas, situação que a desafiou. “Percebi que profissionalmente eu também era limitada, visto que minha formação inicial não havia me preparado para atuar com estudantes que tivessem necessidades educacionais diferenciadas". Foram dois meses de trabalho regados por dedicação, acolhimento, empatia e muita sensibilidade.

Para se aproximar e conhecer mais sobre o aluno, a mãe da criança possibilitou que a professora lesse os diários que ela havia escrito desde o nascimento de seu filho. Descobriu que ele gostava de cantar e incorporou a música ao trabalho, com sucesso. O aluno faleceu pouco tempo depois, mas deixou um legado. “Despertou em mim a vontade de me especializar no ensino de crianças com necessidades educacionais diferenciadas”, conta. Em 2017, concluiu o Mestrado em Educação na Univille dedicando o seu trabalho de pesquisa com foco no Atendimento Educacional Especializado ao seu aluno, in memorian.

"Essa criança mostrou-me que além de formação continuada, um(a) professor(a) precisa ter sensibilidade e muita empatia para fazer a diferença na vida de cada estudante que lhe for confiado". Atualmente, a professora Ana Paula também atua no Curso de Pedagogia da Univille e divide com os acadêmicos suas vivências docentes.