Projeções indicam pico da pandemia no Estado no dia 26 de abril e, no Brasil, no dia 11 de maio

Dois estudos científicos recentes comparativos sobre a evolução da pandemia do coronavírus em Santa Catarina e no Brasil mostram que, sem medidas de restrição como o isolamento social, 56% da população de SC seria infectada pela COVID-19, um percentual maior que a previsão no País, 48%, no mesmo cenário. Os estudos foram feitos pelo professor e pesquisador do curso de Engenharia Química e do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Processos da Univille, André Lourenço Nogueira. “Seria o pior cenário que a população deveria enfrentar caso nenhuma ação de contingenciamento fosse tomada”, enfatiza.

Para as análises simuladas, o pesquisador usou os dados reais divulgados pelos governos estadual e federal por meio da Secretaria e Ministério da Saúde, respectivamente, e, considerou um cenário no qual o tempo médio de recuperação de um infectado é de 15 dias.

Segundo Nogueira, os dados reais mostram que, pelo menos até o dia 23 de março, o vírus estava infectando pessoas em Santa Catarina com uma velocidade aproximadamente 30% maior do que a velocidade média de contaminação no Brasil. Mas o estudo divulgado nessa semana revela que o cenário se inverteu. 

Segundo Nogueira, como em SC a restrição de convívio social foi instituída apenas seis dias após o primeiro registro de caso, o número de pessoas infectadas tem crescido com uma taxa mais lenta do que a observada para o território nacional, e vem aumentando de maneira praticamente linear, o que representa uma redução na velocidade com que o COVID-19 está se propagando. 

“Os resultados evidenciam que, quanto mais rapidamente medidas de controle assertivas para o enfrentamento da emergência de saúde pública devido ao coronavírus, como políticas públicas de restrição de convívio social, forem instituídas pelos órgãos governamentais, mais eficiente será a redução na taxa de propagação da pandemia. Além disso, os resultados confirmam que políticas públicas de restrição de convívio social são eficientes na supressão da evolução da pandemia do COVID-19”, evidencia. 

Confira os dados completos e gráficos dos estudos:

Análise da disseminação do coronavírus (COVID-19) em Santa Catarina e Brasil 

Efeito da restrição de convívio social na propagação do COVID-19 em Santa Catarina e Brasil