O mundo inteiro está em estado de atenção e aguardando boas notícias para o fim da epidemia de Coronavírus. Nos últimos dias acompanhamos a adaptação das pessoas para viver o isolamento social da melhor forma possível e frear a propagação do vírus. As músicas invadiram as sacadas, os exercícios físicos adaptados e as ligações de vídeo ganharam mais força. O desafio também foi grande para quem está gerando uma nova vida e não sabe como estará a situação nos próximos dias.  A bibliotecária da Univille Rafaela Ghacham Desiderato, por exemplo, lançou o e-book “Quarentena”, onde reuniu histórias, poesias e cartinhas escritas para sua filha Cecília que deve nascer em junho.

 A motivação de Rafaela surgiu após sua rotina mudar completamente nos últimos meses que antecedem o parto. Além disso, ela decidiu compartilhar um pouco de esperança com outras gestantes que também tiveram o planejamento e prioridades redefinidos com a pandemia. Autora de dois livros, ela já tinha como meta escrever uma nova publicação em 2020 e, com a chegada da gestação, ela decidiu que o universo da maternidade seria o pontapé.

Para ajudar aliviar a tensão e exercitar a mente no período de quarentena, ela construiu o planejamento do livro em três partes: a primeira é uma história infanto-juvenil onde ela conversa com a filha; a segunda com as cartas escritas para Cecília durante a gravidez; a terceira é uma reunião de poesias criadas durante o período gestacional.   “Ajudou a deixar a mente sã porque nem tudo vai ser como eu tinha planejado. Ajudou com a ansiedade e viver um dia de cada vez”, destacou.

Mas além de escrever, Rafaela também aprendeu a como publicar e disponibilizar  as histórias e poesias na plataforma virtual. Para que as folhas ganhassem mais cor, ela também se arriscou nas pinturas e produziu todas as ilustrações da publicação.  “Quarentena” está disponível gratuitamente para download e leitura no site da Amazon até o dia 17/04.  “Espero o mundo volte ao normal para que a Cecília possa conhecer as pessoas que amamos e os lugares. E que tudo seja melhor do que o “normal” que estamos acostumados”, finalizou.