O principal corredor do Bloco C do campus Joinville recebeu mais cores pelas mãos das artistas Mariê Balbinot, Thaiz Zafalon e Cristina Domingos. Em um trabalho que começou na última quarta-feira (29/09) e foi finalizado no dia 01/10, a intervenção faz parte da ação da quinzena da cidadania da Univille, intitulado de “A Voz das Mulheres Artistas em Joinville”. As pinturas também marcam a inauguração do Espaço de Cidadania, Direitos Humanos e Justiça Social da Univille, que será entregue nesta terça-feira (05/10).

A inspiração para os trabalhos de Mariê está ligada às representações femininas, suas vivências, o que é ser mulher na sociedade, a representação LGBTQIA+, a luta antirracista, o veganismo e todas as coisas que refletem o seu cotidiano e sua vida.  “E a importância dessas mulheres porque estamos em três artistas aqui, cada uma retratando e trazendo uma pauta. É importante porque a gente precisa ocupar esses espaços e, a partir da nossa arte, a gente está trazendo esse protagonismo para essas comunidades que são muito importantes e que muitas vezes são invisibilizadas”, destacou a artista.

As cores da artista Cristina Domingos destacam a força e a pluralidade da mulher negra e a importância da representatividade em um espaço como a Universidade e, também, do fortalecimento destas mulheres para a comunidade e para ela enquanto artista vendo o seu trabalho neste espaço. Sua inspiração vem das pessoas do seu convívio, da natureza, principalmente as mulheres, resultando em um autorretrato que resgata cores e um olhar múltiplo.  “Eu sei que os alunos que visitam a Univille, a comunidade está vendo, se olhando, se representando, é muito importante”, lembrou a artista.

Os traços de Thais Zafalon resgatam as vivências e interações com as pessoas, mas, principalmente, a representação das mulheres para que elas possam se ver e se sentirem representadas nos trabalhos que são confeccionados. Thais também quer inspirar outras mulheres, com suas cores e sentimentos, para que elas possam pintar e o que elas ganhem ainda mais representatividade na arte. “As pessoas, enquanto a gente está pintando aqui, passam e gostam de conversar com a gente, gostam de falar sobre como espaço está ficando mais bonito, mais colorido. Então acredito que este espaço estando pintado, as pessoas vão passar por aqui e isso vai despertar algo nelas e, talvez, a se questionarem ou só admirarem. Como vai impactar a gente não sabe, mas eu acho que vai impactar de alguma forma, então é muito legal pensar nisso né, o futuro depois disso”, enfatizou a artista.